Sebastião Gomes da Silva, reconhecido popularmente como Sebastião Grosso, logo aos 11 anos iniciou seu trabalho na feira, feira essa de Goiana a qual ficou como parte de seu cotidiano vendendo macaxeira durante todo dia. Aos 15 (quinze) anos, viria a descobrir umas das maiores paixões da sua vida, o coco de roda, que o acompanharia até o fim da sua vida. Com o passar dos anos foi aprimorando suas habilidades, e ao fim do expediente da feira, onde todos se juntavam para ir embora, no caminho onde as mulheres iam na frente onde Sebastião Grosso ia olhando cada movimento por mais minucioso que fosse, cada passo, cada movimento do quadril e forma de apoio e balanço, inspiração essa que mais tarde daria nome ao seu futuro Cd “A PISADA É ESSA”.
Com isso, Sebastião Grosso foi fazendo da feira um palco artístico e expondo seu trabalho, mas ficando no anonimato e criando uma dupla personalidade onde uma não é valorizada e despercebida no seu trabalho diário, e a outra contribui culturalmente coma arte popular mas sem o devido reconhecimento. Cada vez mais que tocava espalhava um pouco de magia e autenticidade em um mundo no qual era inteiramente dele, um mundo que cada vez mais quando ele experimentava, mais poder e desvelo ele tinha para encantar as pessoas, um mundo chamado Goiana dos Caboclinhos, no qual ao entrar nesse universo deixava de ser um mero feirante para ser o Rei do Coco.
Do feirante e coquista Sebastião Grosso foi registrado pela SBP através do documentário de curta-metragem “O Rei do Coco” que mostra um pouco do seu trabalho, toda sua história, o seu dia-a-dia na feira e a maneira que foi a sua inserção no mundo coquista, e do CD musical “A Pisada É Essa” que era um sonho pessoal de Sebastião Grosso, no qual ele traz junto com seu grupo uma característica cultural e musical própria coquista. “Tem que brincar até chegar a hora. Enquanto não chegar a hora não pode parar não – Sebastião Grosso” e a hora de Sebastião chegou no dia 11 de outubro de 2007, e só no final do seu ciclo ao completar sua missão foi coroado com o CD, documentário e reconhecimento internacional que era seu por direito.
“Pra onde tu vai mulher? Eu vou pra Massaranduba Ô que noite linda Só é a noite de chuva Pra onde tu vai mulher? Eu vou pra Massaranduba Ô que noite linda Só é a noite de chuva”